segunda-feira, 21 de setembro de 2009

O enfermeiro de Deus

Costumamos ouvir a ilustração que a igreja é como um hospital, aonde os doentes espirituais vão para serem tratados pelo médico dos médicos. Jesus é este médico.

Infelizmente muitas vezes este hospital carece de enfermeiros e enfermeiras. Pessoas de carne e osso que ajudam também a cuidar dos doentes. Colocam normalmente gotas de amor, comprimidos de companheirismo e até, às vezes, apenas um ouvido disposto a escutar o irmão "dodói".

Interessante que muitas vezes enfermeiros de outros hospitais, até dos chamados de "seitas" são bem mais hábeis na função e, principalmente, na disposição de cuidar dos feridos, muitos feridos em nome de Deus.

Minha falecida sogra passou por isso no interior quando o líder da igreja não deu atenção e cuidado que ela precisava. Desprezou a ovelha, negligenciou sua função. Os Testemunhas de Jeová foram hábeis, amorosos e pacientes. Visitavam-na regularmente com amor e atenção. Respondiam tudo sem pressa e transparecendo real interesse no bem estar dela. Onde estavam os cristãos? Em seus templos, balofos de doutrinas e costumes, gordos e preguiçosos, sem afeição natural e nenhum amor genuíno.

Quando hoje em dia ocorre isso, da ovelha ser socorrida pelo outro que não está no mesmo aprisco, aí muitas vezes ocorre a indignação de quem não fez o dever de casa. A ovelha passa de vítima à réu. Não devia receber o socorro do enfermeiro do hospital ao lado? Devia morrer à míngua?

Meu povo, meu povo. Vamos parar de brincar de ser crente, antes que durmas na terra e acordes com uma prestação de contas de efeito eterno em tua frente. É fácil ferir, é fácil ver o ferido sangrando, difícil é colocar o remédio na ferida. É facil ser, como disse Paulo, "inchado" dentro da igreja, difícil é amar ao outro que está necessitando de atenção e cuidados.

Tenho verdadeiro abuso daquele corinho que é o que mais faz o povo mentir durante o louvor: "...uma família sem qualquer falsidade, vivendo a verdade...". Infelizmente esta não é a realidade da igreja cristã. Alguns vivem o amor cristão real e verdadeiro, mas infelizmente é a minoria. Pagar o preço de ser autêntico e não hipócrita é algo que poucos estão dispostos a fazer. Vivem falando de Deus, mas vivem como se Deus não existisse!

Tapinhas nas costas com uma mão e um punhal afiado entrando pelo outro lado. Sonhando que a mentira dura muito quando ela tem pernas curtas. Não entendo mesmo pois esse povo vive, como disse Jó à sua mulher, "como loucos". Um bando de "abirobados", enganando à si próprios, achando que estão brincando com Deus, quando de fato estão rumo ao precipício. Eu fico não só vendo, mas a pedir à Deus por estes. Não orar por eles é falta deste amor que tanto reclamamos.

A responsabilidade de quem se diz cristão não é grande, é enorme. Precisamos assumir nossa função de "enfermeiros de Deus". Amanhã, estaremos precisando dos cuidados e do amor que hoje podemos dar ao nosso próximo. Sem amor de nada vale nosso viver. É morto nosso ser, como eu disse anteriormente em post passado, é um verdadeiro zumbi...

Tem algum enfermeiro de Deus por aí? Glórias à Deus que ainda existe um remanescente!

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