sábado, 25 de julho de 2009

É ajuizado o cristão que questiona?

Pergunto a frase do título pois aparece isto quando analisam porque gosto de escrever em terreno aparentemente minado. Tenho conversado com alguns irmãos e há neles o receio de que ao escrever algo "incômodo" eu venha a ser alvo de uma espécie de "perseguição eclesiástica".

Primeiro, eu não escrevo sobre determinada igreja ou liderança. Em quase 30 anos de perambulação em diversas igrejas de diversas denominações pelos mais variados motivos (não especificamente pela mania de "pular como macaco" e não firmar "raiz" ou de viver a "teologia do hotel"), vi as mais diversas mazelas que inundam a comunidade cristã.
Ao escrever estou como que a conversar com vários amigos e irmãos em um ritmo de vida que me impede de fazer isto da forma habitual. Não estou a criticar, mas a clamar para que aumentemos nosso "padrão de qualidade" de nosso cristianismo. Toda busca de melhoria inclui reavaliação de condutas e isso passa obrigatoriamente pela crítica, assim como toda busca por qualidade no meio empresarial. Deus e o mundo exigem coerência entre pregação e vida de cada um de nós. Já disseram certa vez que não existe crítica destrutiva, ela assim é transformada se não for recebida com maturidade como construtiva. Analisar, refletir e, como dizem os acadêmicos, filosofar, normalmente passa muitas vezes pelo olhar crítico.

Conheço e me correspondo com pessoas em várias denominações e estados do país, e estou a conversar com todas em meu blog, ou seja, não cabe a neura de que falo de A ou B. Até porque aqui não é um jogo infantil de saber quem ganha ou perde um debate. Nada a ver. Nas vezes em que conversei com líderes sobre um dos assuntos falados aqui e mais "tabu" entre os crentes, o dízimo, frisei que não defendo uma opinião, busco a verdade e se me mostrarem na Palavra que estou errado, glórias a Deus, aprendi uma lição e não mais terei um posicionamento inadequado. Mas especificamente neste assunto isto nunca ocorreu.

Não se trata de insubmissão refletir sobre mazelas do meio cristão pois não se está a atacar nenhuma liderança constituída, mas um sistema fragilizado. A busca é, como diz o nome do blog, oferecer o melhor pra Deus. Se tudo fossem flores não teríamos tantas pregações de exortação, o Espírito Santo não estaria dirigindo os pregadores neste rumo. Amar a Deus gera um incômodo quando vemos erro onde Deus quer que haja acerto. Isto é a conseqência natural da vida cristã. Somos cheios de erros mas não devemos nos acomodar com eles, mas pedirmos perdão a Deus e ao Espírito Santo que nos regenere. Assim é de forma individual e devemos zelar que seja na igreja, onde tantos entram feridos e infelizmente,às vezes, saem esfolados.

Escrevo na mesma postura de quando ouço um seminário da Sepal, por exemplo. Escrevo e ouço numa linha de comunicação que visa falar com o todo e sobre o todo da comunidade cristã e não com alguem e sobre alguém. Resta haver maturidade de compreensão entre os leitores.

Nós só temos uma vida e se não procurarmos vivê-la de forma autêntica, com sinceridade e buscando obedecer a Palavra de Deus a qualquer preço seremos os mais miseráveis. Se não tivermos humildade pra pedir: "Irmão me mostre meus erros", "Irmão me perdoe" e "irmão obrigado por me ajudar a ser um melhor cristão" estamos apenas vivendo uma vidinha de religiosidade fútil e passaremos a eternidade arrependidos por termos jogado tudo fora. Isto independente de sermos simples "crentes de banco", membros de ministérios, pastores, apóstolos ou até doutores em divindade...
Que o Senhor nos ajude e tenha misericórdia de nós !!!

TCO

TCO neste caso não é o de delegacia de polícia, mas as iniciais de "transparência", "coerência" e "organização".

Quando menciono transparência clamo aos cristãos para que haja em suas comunidades autenticidade e veracidade nos relacionamentos. É muito danoso à um grupo a conduta de falsidade entre irmãos, pessoas te dando um tapinha nas costas, um "paz do Senhor" e você perceber através de outras atitudes do "vaso" ou da "vasilha" que não há um amor ágape genuíno naquele convívio. Na verdade a conduta de quem assim procede só pode, em última análise ser classificada como "uma vida de mentiras". Sabemos quem é o pai da mentira e o fim deste ou desta certamente não será uma benção. Se levarmos em conta o fator decepção da parte da vítima da falsidade aí é bem mais complexo e triste. Infelizmente muitos vivem como que anestesiados, com a mente cauterizada pelo engano, vivendo num mundinho só seu de uma religiosidade asquerosa, defendendo assim uma conduta hipócrita e psicopata.
Quando alguém perceber estes sintomas em alguém, ore por esta pessoa, pois segundo a Palavra é o Espírito Santo quem convence o homem do pecado, da justiça e do juízo. Um enfrentamento direto dificilmente trará frutos pois estarás lidando com um "crente profissional", que saberá usar n manobras para se colocar como vítima e fugir da verdade. Resumindo : só Deus, mas a oração do justo muito pode em seus efeitos. Não despreze esta alma, ore e interceda pois ela é de grande valor.

Coerência seria também bom senso, lógica, enfim o óbvio. É incrível como muita gente tem tanta dificuldade em ser coerente, em enchergar o óbvio a dois palmos de seus olhos. Muitas vezes condutas incoerentes na obra geram grandes conflitos. Na maioria das vezes um pouco de humildade temperada com boa vontade resolveria rapidamente problemas que podem adquirir proporções desastrosas. A balança nas mãos da figura feminina que simboliza a justiça também nos leva ao mesmo assunto. O mesmo peso e a mesma medida para todos da comunidade. Muitas vezes alguém errou, ou mesmo nem errou, só supõem que houve um erro qualquer aí o irmão ou irmã recebe uma cruz de uma tonelada de concreto. Outro errou aos olhos de todos, de forma explícita, aí nem recebe a disciplina ou recebe uma cruzinha de aglomerado, oca, bem levinha. Deve haver coerência, senso de justiça, antes que a justiça de Deus "entre de sola" na vida dos incautos que pisaram na bola e depois fiquem a perguntar "por que esta prova Jesus?". Você leitor deve perceber que nesta pequena reflexão vemos que o erro traz consequências ruins à todo mundo, à vítima e ao algoz, uns na hora, outros depois, mas sempre o juízo vem, ou seja, o conselho ajuda a prevenir o choro de todos os envolvidos. Não seria o óbvio termos cuidado com isso?

Organização é algo primordial em nossa vida como um todo. Se você não se organiza a partir de sua vida pessoal terá dificuldades em progredir. Para uma só pessoa pode exigir estabelecer metas na vida de estudante, com a disciplina de estudar regularmente, de ter um ritmo de vida que estabeleça uma escala de prioridades coerente com a realidade de cada um, visando um futuro sadio. Quando trazemos este conceito para um grupo maior, como uma comunidade cristã, somos remetidos à diversos aspectos, como a divisão clara de competências entre os obreiros, uma escala de reuniões com horários e metodologias de funcionamento constantes e bem definidas, bem como com a cobrança de que cada um que está incumbido de uma missão que a faça com zelo e dedicação. Tudo isto nos leva ao conceito de organização. Também poderíamos mencionar o estabelecimento de regras claras e transparentes entre líderes e liderados. A presença de regras bem solidificadas garante o tratamento impessoal, garante que a pessoa saiba que receberá um tratamento coerente e justo, como mencionado no outro tópico. Quando a coisa fica meio solta, com relacionamentos cheios de decisões misteriosas, sem uma origem clara, a pessoa acaba insegura e pode se sentir excluída ou discriminada em determinado grupo. Neste caso voltamos ao tópico da transparência, exigindo que as atitudes e decisões de quem cuida de um grupo tenham motivos claros e do conhecimento de todos. Nada pior à saúde espiritual de um grupo que atitudes de seus membros e decisões de seus líderes sejam tomadas de uma forma obscura, nos levando a lembrar da frase do padre na missa "...eis o mistério da fé!".

Nas comunidades cristãs quando não se simpatiza com coerência, tansparência e organização nos relacionamentos líder-liderado e irmão-irmão, costuma-se usar a fuga de colocar a culpa em Deus: "...não senti de Deus", "...esperemos confirmação de Deus". Muitas vezes estas frases são apropriadas a determinadas situações, só que há uma banalização do uso das mesmas quando alguém não consegue ser autêntico, transparente e sincero em sua conduta. Novamente voltamos ao mesmo ponto, até sendo um pouco mais "desbocado". Vai "se lascar" o culpado pela teimosia em não "se emendar" e vai "se lascar", ou "ser lascado" a vítima, se não for maduro suficiente pra enxergar a realidade espiritual por trás da mazela humana. Como diz minha esposa, eu particularmente sou mais frio, tenho como ela diz "sangue de barata". Pode ser que Deus assim permitiu para que eu sobreviva com, como diz o título daquele livro, "este mundo tenebroso!".

quinta-feira, 23 de julho de 2009

Profissão Músico. Ô cruz pesada!!!

Ser Músico é uma profissão reconhecida pelo governo. Mais ai do cristão que se aventurar nela. Tenho visto que é a pior profissão para um cristão exercer. Por que? Por que as igreja "bitolam" certos conceitos de certo e errado para o cristão que inventa de ser músico profissional.
Primeira e principal cruz:
O músico cristão não pode tocar "no mundo", se o fizer não toca na igreja. Mas na igreja podemos ter obreiro policial que mete bala em bandido, que é garçom de barzinho, dono de restaurante com música ambiente do mundo, professor que ensina teoria da evolução, advogado que defende vagabundo, patrão que explora empregado, e pasmem...dono de estúdio que grava música do mundo, basta o cliente pagar...!?!? Pode até ser candidato a cargo eletivo, caso em que é obrigado a ter aliança de fidelidade com partidos e políticos que normalmente não tem uma conduta bíblica.
Vejo que falta bom senso nesta área. Deus deu o dom ao irmão ou irmã mas ele não pode viver dele. Não pode porque nunca vi igreja pagar salário à músico, nem decente nem indecente. Pior se o músico se converter no domingo pois segunda tá desempregado, e isso por ter uma profissão ligada à arte, à cultura e simplesmente toca música romantica ou qualquer outra no mundo, o mesmo mundo onde todo resto da igreja tira seu sustento. No mesmo restaurante ou pizzaria onde os irmãos da igreja vão comer.. e crente ama comer!!!
Cada caso é um caso, cabe bom senso. Se o varão quer tocar numa boate de strip aí nem tem lógica, mas num ambiente "normal", que mal teria? Não sabem que as mais belas sinfonias foram escritas por mundanos? Mesmo decaídos eles ainda tem algo da imagem de Deus, e é esta que dá os talentos ao homem. Músicas que falam de amor, de relacionamentos humanos não são pecaminosas em si só. E o músico está executando como profissional, todo mundo sabe disso, ele não tá pregando com a música a mensagem ou filosofia da letra ou do autor.
O principal é cuidar da maturidade espiritual do músico e junto com ele em oração pedir à Deus que abra as portas de trabalho em locais, como disse, "normais, isso pra quem se converteu e já toca em locais inadequados como boates e bandas de forró mundanas (pois já tem forró gospel que não simpatizo), ambientes mais propícios às tentações e a coisas mais "do cão".
Se formos aplicar o mesmo peso e a mesma medida colocada nos ombros dos músicos aos demais trabalhadores da igreja seria o caos.
Sejamos justos, com bom senso para fazermos o melhor pra Deus.

A autenticidade essencial

A comunidade cristã precisa zelar pela transparência no seio de suas congregações. Uma comunicação clara entre os que participam de uma comunidade é fundamenal para o amadurecimento e fortalecimento da mesma. Fofocas, comentários paralelos ocultos uns dos outros que visam denegrir ao próximo tem trazido grandes danos à igreja cristã atual.A mentira passa a ser uma moeda corrente, de trânsito livre na comunidade. Não mais a filha do diabo mas algo essencial à sobrevivência de relacionamentos fajutos.
É incrível como tantos vivem a ilusão da religiosidade oca brincando de forma irresponsável com a própria vida e a de outros. É necessário que paguemos o preço de SEMPRE sermos autênticos, dizermos a verdade a todo instante, mesmo que ela mostre nossos pecados; melhor até assim, para que nos arrependamos enquanto é tempo e não sejamos envergonhados quando o juízo de Deus cobrar a conta.
Muitas pessoas esperam encontrar nas igrejas amparo e conforto e quando percebem estas mazelas se decepcionam. Quanto mais imatura for a vítima maior o estrago. Que todos oremos para que este mal seja eliminado do meio cristão.

Judaísmo messiânico

Tenho conversado com um irmão, amigo de mais de 20 anos, que saiu da comunidade cristã e se tornou judeu messiânico uns cinco anos atrás. A falta de uma conduta sábia dos que lidavam com ele na época contribuiu para o fato. Não responderam os questionamentos bíblicos adequadamente e muitas vezes deram mal testemunho. Desatar o nó agora é bem mais trabalhoso. Que o Espírito Santo me ajude nesta empreitada.
É triste como muitos são tão mal cuidados pela comunidade cristã e se desviam da sã doutrina por culpa única e exclusiva dos que não os apascentaram.

quarta-feira, 22 de julho de 2009

Oração, sabedoria e a língua

Normalmente encontramos situações em que nossa língua fica coçando para darmos uma opinião. Com quase trinta anos nas igrejas cristãs aprendi uma lição que serve como filosofia de sobrevivência: "só fale se pedirem sua opinião".
Devemos então estar sempre em oração para que Deus nos dê sabedoria do alto pois com certeza em alguns momentos precisaremos falar para não sermos omissos e cúmplices de erros. Existem situações as mais diversas. Em todas devemos orar. Nas que Deus nos orienta a calar devemos interceder e APRENDER com os erros alheios, pois um dia poderemos precisar tomar decisões similares e aí o erro do irmão terá sido uma excelente escola. Cada vez que fico mais velho percebo que a bagagem que acumulamos é de valor inestimável, só peço a Deus em oração: "Senhor não me deixes falar o que não devo, e não permitas que eu fique calado quando minha voz puder ajudar a fazer o melhor pra Ti e Tu desejares que eu fale."

Dízimos, coletânea de uns escritos meus no orkut

Vale mais ter um bom nome do que muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a riqueza e o ouro.Prov.22:1

O galardão da humildade e o temor do SENHOR são riquezas, honra e vida. Prov. 22:4

E disse-lhes: Acautelai-vos e guardai-vos da avareza; porque a vida de um homem não consiste na abundância do que possui. Lucas 12:15

Prosperidade é algo relativo. Daí o conceito de "prosperidade é ausência de necessidade" ser bem posto. Para um desempregado ou para quem ganha um salário, quem ganha dez salários é próspero. Para quem ganha 40.000 reais, quem ganha dez salários não é próspero. Para um africano pobre nós brasileiros comuns somos prósperos e para os japoneses classe média somos lascados. Sei de um gari que mora na Espanha que está fazendo grande patrimônio aqui pois os seus Euros compram muito no Brasil. Mas para os de lá ele é um liso lixeiro. Para um milionário à beira da morte o humilde enfermeiro que cuida dele cheio de saúde é um homem próspero. Por isso que para Deus prosperidade vai além de um valor monetário ou patrimonial, vai ao caráter cristão e aos valores eternos que estão na nova criatura.
O fato de Jesus ter mencionado sobre dízimo está bem batido nos estudos, se vc caro leitor ler todos verá, inclusive ele só falou uma vez sobre novo nascimento mas o novo nascimento foi explicado e mencionado diversas vezes por Paulo, mostrando a figura do novo homem. Já sobre dízimos o NT tem outra posição, inclusive no primeiro concílio da igreja quando decidiram o que recomendar aos gentios como nós que estavam sendo pressionados a cumprir a Lei, nada foi dito de dízimo.
Crentes dizimistas prósperos? Se prosperidade for medida por dinheiro conheci e conheço alguns que são não apenas prósperos(no sentido de ter muito dinheiro), mas possuidores de mais frutos da carne que do Espírito, é triste mas é real! Existe gente mais próspera financeiramente que os ímpios? Conheço não dizimistas prósperos financeiramente mas como este ponto de vista é antipático na maioria das igrejas estas pessoas preferem evitar o conflito com as lideranças, ficando com suas posições diante de Deus sem propagandas que podem trazer situações desconfortáveis.
Lei da semeadura, não amar o dinheiro, não ser avarento, reconhecer que o obreiro é digno do salário e de que devemos ajudar os necessitados, principalmente os irmãos, são verdades que continuam hoje e acredito serem suficientes para, a nível de ensino, mostrar aos outros com devemos ver este assunto.
É interessante que quando se parabeniza um pregador pela excelente mensagem e a quantidade de convertidos por ela o pregador logo diz: "...não fui eu, foi o Espírito Santo quem converteu os corações...". Verdade. Não pode o mesmo Espírito Santo converter o bolso dos irmãos? Não defendemos a igreja por afirmarmos que ela é a obra de Deus? Será que se fizermos a nossa parte, o nosso dever de casa, Deus vai deixar sua obra falir? Com certeza não. É lindo quando lemos que George Muller sustentava milhares de órfãos sem pedir nada a ninguém. Deus supria tudo. Mas tinha um detalhe, o homem orava oito horas por dia.
Será justo colocarmos nas costas dos irmãos um jugo que não existe? É claro que quando se fala para uma grande massa como na igreja o nosso público é misto. Tem os fiéis ao Senhor, os avarentos, os "miserávi", e etc. Mas cada caso é um caso e a verdade não muda. Imagino a angústia do irmãozinho que por uma adversidade qualquer não pôde, e Deus sabe que ele queria, dar o dízimo. Ele irá passar todo mês com o peso nas costas de estar "roubando a Deus". É justo?
Se qualquer um estudar a Palavra e a história da igreja verá que o que se ensina hoje como dízimo não tem qualquer fundamento no Novo Testamento. Se o caro leitor quiser tem links de excelentes estudos abaixo. Não são todos que já li mas já é o bastante pra se ter uma base no assunto.
Não pretendo fazer que todos pensem como eu mas acredito que a maioria concorda com:

1. É impossível vc dar o dízimo citado em Malquias hoje pq vc não tem a quem entregar e nem onde, mesmo que fosse um agricultor judeu, como manda a Lei ao pé da letra (e a lei é exigente), sorry, não dá nem que queira;
2. Não existe mais o templo e a casa do tesouro. Na nova aliança nós somos o templo do Espírito Santo e a igreja não é a "casa do Senhor" como o Santo dos Santos do AT, é apenas um local onde o povo de Deus se reúne. Como a Palavra diz que onde dois ou três se unem em nome d'Ele Ele está no meio então se conclui que o Senhor está na igreja quando estamos reunidos ali, como em qualquer outro lugar, e é só;
3. Jesus deu o exemplo de entrega maior à sua obra, Ele deu tudo, 100%, sua vida. Por isso hoje não se cobra um percentual como a limitada Lei mas uma entrega total de tudo que somos e temos, incluindo dons, dinheiro, talentos, tempo, família. Devemos sim pedir a Deus para que nos dê um coração puro sem avareza e que Ele nos ensine como devemos exercer a mordomia cristã com tudo que Ele nos deu, e ele pode e quer nos dar sabedoria. Ao sermos sábios no trato com o que recebemos do Senhor certamente estaremos investindo, e muito, na sua obra, em todas as suas ramificações (igreja, evangelismo, ao próximo necessitado, etc.).
4. Os ministros de louvor hoje não são os levitas nem o pastor é sacerdote. Esta mania de fazer esta analogia foi acrescentada na história pelos homens, como uma tradição farisaica (vede Cristianismo Pagão de Frank Viola). Na Lei, aquela de Malaquias, os levitas recebiam o dízimo e o sacerdote recebia deles 1% do dízimo. Pense numa confusão hoje se os membros do louvor e os que cuidam da igreja exigissem ficar com 99% do dízimo e o pastor com 1%!!! Mais uma prova da irrealidade de se comparar o que se dá hoje com o dízimo do AT.
Sem contar que a cada 3 anos era todo dado aos pobres...se vc falar isto na igreja vão é te excomungar...e noutras ocasiões o povo comia o dízimo na maior festança....nem se fale!
5. Acredito que o principal erro de se usar o termo "dízimo" é que vc remete o ouvinte à Malaquias e toda Lei. Daí o irmãozinho incauto que por uma adversidade da vida (e como no Brasil o povo passa por adversidades, principalmente os mais pobres) e não der os 10% como ele entende que deve dar, irá passar o mês todo num "inferno" psicológico tremendo. Veja bem, se roubar já é um pecado terrível, imagine o roubar a Deus. Será justo impor ao irmãozinho esta tortura psicológica que não é fundamentada em canto nenhum do NT nem na igreja atual? E o medo do devorador que a qualquer hora do dia ou da noite vem com os gafanhotos cortadores e migradores estraçalhar o irmãozinho?
Se na sua igreja não existe esta tortura psicológica parabéns, pelas estatísticas vc é um felizardo!
Quando um dos estudos já mostrados por aqui usa o termo dadivar ao invés de dizimar, vejo que o autor foi feliz pois nunca induz o irmão ao erro de se ir à Malaquias e lá ele explica o dadivar não no padrão dos 10% malaquianos mas no padrão de Jesus dos 100%. Se alguém não tiver lido o estudo por preconceito, pode se desarmar e ler numa boa, "Dizimar X Dadivar" é um texto que mostra bem tudo que compartilhei aqui.
Fiquem na Paz que excede a todo entendimento!
Convém ressaltar que a esmagadora maioria dos líderes que cobram o dízimo malaquiano o faz pq "herdou" este ensino e nunca estudou a fundo o assunto, daí eles não o fazem por ganância (alguns sim).
Se vc vai dar o dízimo, o quinto, o quarto, o meio ou qualquer outro percentual é entre vc e Deus e Ele é quem nos julgará e nos abençoará.
Quem é abençoado dando saiba que a lei da semeadura não cessou e quanto vc vai dar para manter a igreja e o obreiro e quanto vc vai dar pra um missionário ou ao vizinho desempregado, busque direção de Deus.
Muitas vezes vc se vê na dúvida entre comprar uma roupa bonita e funcional ou uma bem mais cara pq é de grife da moda, aí é que deve entrar a sabedoria e a diferença vc pode colocar no Reino; vc vai a uma livraria evangélica e gasta rapidinho 100 reais com cds caríssimos (comparados aos seculares) e livros que nem está precisando ler agora (e lê bem pouco a Bíblia), aí é que a sabedoria entra e o que vc economizar pode ir pro Reino; vc muitas vezes se vê tentado a compar um carro caro( um Civic ou Corolla da vida) pq raciocina "eu mereço este luxo", quando um popular com ar e direção hidráulica(um Siena da vida) milhares de reais a menos já resolveria muito bem sua necessidade de transporte, aí é que pode entrar a sabedoria e vc investir os dez mil reais a menos em missões ou ajudando um parente ou irmão desempregado; vc vai montar seu apartamento e enche ele com futilidades dispensáveis como uma tv de plasma de 4 mil contos quando uma de 1.500 resolveria muito bem sua necessidade, a diferença vc usaria a sabedoria pra dar um destino melhor.
links det alguns estudos:

http://cpr.org.br/dizimo20.htm

http://www.monergismo.com/textos/dizimos_ofertas/o-dizimo_tulio.pdf

http://cpr.org.br/dizimo18.htm

http://www.odizimoeagraca.com/index.php
(aqui é pra fazer download de um livro)


Hoje em dia eu não me impressiono mais com o ensino na hora que recebo. De fato vou calmamente à Palavra checar se está tudo nos conformes como faziam os de Beréia. No fim, pedindo a sabedoria do Senhor pq a nossa carne é enganosa e tenta filtrar o que interessa à ela e não a Verdade, eu "como o peixe e cuspo as espinhas". Nunca iremos encontrar quem pense 100% igual a nós, inclusive nós mesmos mudamos de opinião às vezes, mas nada disso impede o amor fraternal em Cristo e a convivência pacífica, sem ela não iremos conseguir participar de nenhuma comunidade cristã.

Que o Senhor nos abençoe!

Procura-se

1. Procura-se uma igreja onde o líder viva tudo aquilo que ele crê ser correto e não o que é mais cômodo.
Por exemplo: muitos tem certeza que o dízimo não mais existe e que Malaquias quando fala de dízimos não mais se aplica aos crentes atuais; sabem mas é mais cômodo fazer terror com os membros e garantir "o apurado" sem precisar exercitar a fé;
2. Procura-se uma igreja onde o pastor não fique retalhando líderes de outras igrejas e seus ministérios pelas costas, como se fazendo assim estivesse apenas mostrando como ele é certo, sua igreja "A IGREJA" e os outros errados;
3. Procura-se uma igreja onde haja apenas um peso e uma medida, que todos sejam tratados da mesma forma, independente de ser ou não um"chegado" do pastor, ou até mesmo "da família" como se ali fosse um "feudo pentecostal" e que os mais humildes recebessem a mesma atenção que os mais ricos;
4. Procura-se uma igreja onde é mais importante garantir que os pobres de casa (órfãos, viúvas e desempregados) tenham o que comer do que garantir que o templo terá ar condicionado e uma rica estrutura apenas para envaidecer o pastor diante de seus colegas de outras igrejas;
5. Procura-se uma igreja onde qualquer membro pode exigir que a Palavra de Deus seja cumprida sem ser acusado de insubmissão e rebeldia, e se este membro provar biblicamente que o pastor está errado que ele tenha humildade de pedir perdão e mudar, sem o medo imaturo de achar que está sendo manipulado;

Resumindo: procura-se uma igreja biblicamente autêntica.

São apenas quatro itens resumidos no quinto. Tão simples, mas sinceramente ainda não encontrei nenhuma assim. É triste. Temos igrejas pra todos os gostos. As ricas e grandes, as pequenas e pobres, as palacianas belíssimas, e nenhumazinha conseguiu, na minha busca, cumprir todos estes simples requisitos. Haja paciência Jesus.
Hoje inicio transferindo algumas coisinhas de meu site anterior que vou desativar.
A finalidade deste espaço é compartilhar idéias e questionamentos visando fazer o melhor pra Deus em nossa vida familiar, em nossa igreja, em nossa comunidade, enfim onde Deus nos tem levado.