quinta-feira, 15 de outubro de 2009

O grito e a autoridade

Todos já ouvimos aquela frase que diz que quem tem autoridade não precisa gritar pra impor sua vontade. Gritou é sinal que não manda mais em nada. Também já ouvimos descrente perguntando "...essa crentalhada pensa que Deus é môco?"

Lembrei, pensando nestes fatos, do que meu falecido irmão Paulo relatou. Ele estava prestando serviço em um hospital e certa senhora com câncer em fase terminal foi à ele pedir um remédio que o médico receitara pra ela ir morrer em casa. Naquele instante ele perguntou à ela se poderia pedir a Jesus para curá-la. Quando ela concordou ele relatou que fez uma breve oração, simples e objetiva ali, no corredor, sem gritos ou alarde. Muitos dias depois a senhora o procurou e ele não a reconheceu. Ela disse que no dia seguinte começou a desinchar e a sentir-se bem, ficando completamente normal. Foi ao médico e mesmo constatou que ela estava completamente curada!

O mérito da cura foi de Deus, claro, mas o instrumento usado pra interceder por aquela pessoa não precisou gritar, sapatear nem rodopiar, apenas tinha uma vida de cristianismo genuíno, um relacionamento verdadeiro com o Senhor.

Quando vejo estas oraçõs aos berros lembro da passagem de Mateus que menciona que os fariseus faziam longas orações nas casa das pessoas, com uma piedade fingida e sem nenhuma autoridade. É óbvio que em momento de angústia você pode levantar um clamor à Deus, mas o que vemos é uma banalização da gritaria, e quando observamos os resultados dos berros tempos depois, vemos que na maioria dos casos a gritaria não adiantou de nada, isso sem falar nas profetadas que normalmente seguem esses retetês da criançada, haja imaturidade.

Recentemente pude presenciar algumas profecias e viver pra ver que eram profetadas...nada se cumpriu, mas ninguém lembra, dá uma amnésia necessária à propagação do erro e à sobrevivência dos falsos profetas.

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