segunda-feira, 31 de agosto de 2009

O Livro dos Mártires e os zumbis

O Livro dos Mártires é um clássico que relata as perseguiçoes ocorridas no início da igreja cristã. Hoje, nos países islâmicos, na China e alguns vizinhos dela, bem como em outros paíse da chamada janela 10/40, existe perseguição nos moldes da relatada no livro. Claro que respeitadas as diferenças de cultura e época o fim tem sido o mesmo, torturar e matar cruelmente os que professarem a fé em Jesus Cristo.

Muitos agradecem que no ocidente, principalmente no Brasil não existe tal perseguição. Realmente perseguição igual não há, mas vejo um outro tipo de perseguição que obtém resultados mais danosos ainda ao Reino de Deus que a perseguição física.

Lá eles matam, tornam os crentes defuntos; aqui não se mata, transforma-se, com o mal testemunho de muitos que se dizem crentes, os fiéis em zumbis, mortos vivos que vagam pelas igrejas fingindo que são cristãos e os outros fingindo que acreditam;

Lá quando alguém morre como mártir é um testemunho vivo da fé que chama novas almas à conversão; aqui a conduta religiosa dos zumbis escandaliza a igreja aos olhos dos de fora que vêem só religiosidade e hipocrisia, além de uma multidão de almas feridas e mutiladas que, fragilizadas, procuraram a igreja e foram massacradas;

Lá só confessa a Cristo publicamente os que realmente tem coragem de morrer por Ele; aqui se vê na mídia muitos com testemunho duvidoso confessando serem cristãos e quando confrontados com fatos de conduta horrenda se dizem perseguidos, e assim angariam mais seguidores;

De fato para o cão é mais proveitoso produzir zumbis que mártires. Os zumbis atrapalham bem mais. Parece quando desenvolveram o fuzil M16 (versão militar do AR15) com calibre mais anêmico que o 7.62 usado no FAL e similares. O 7,62 matava logo de um só tiro. O 5,56 do AR15 só feria o soldado, daí você, ao invés de retirar só um de combate tirava o ferido aos berros e dois a mais para o carregarem debaixo grande prejuízo psicológico. Com os zumbis e os mártires é parecido. O mártir morre só e ainda mais, angaria novos fiéis com seu testemunho de fé até a morte. O zumbi fere um, fere daí os parentes deste que falam aos conhecidos, que se revoltam com as injustiças, que não querem nem saber desta "marmota de crentalhada".

Religiosidade é o maior mal que se encontra na igreja do ocidente, a que não sofre perseguição física. As pessoas ensinam um evangelho que não é o bíblico, outros ensinam o bíblico mas não vivem e fica tudo por isso mesmo, e os que assistem a estas mazelas tendem, os mais fracos, a se escandalizarem ou virarem zumbis, tornando-se semelhantes aos anteriormente citados, ou se escandalizam e caem fora "queimando" a imagem da igreja de forma geral. Os mais solidificados na fé ficam a sofrer e interceder, clamando a Jesus que volte logo, pois por trás desta aparente paz e crescimento gospel existe de fato grande perseguição contra a real e sofrida igreja universal de Jesus Cristo (não aquela), dos que são realmente filhos de Deus.

Que Deus tenha misericórdia de nós que somos pecadores e falhos, mas confessamos nossos pecados e clamamos a misericórdia de Jesus Cristo, e continuamente nos esforçamos para seguí-lo da melhor forma que nossas forças permitam em busca da santificação, sem a qual ninguém verá ao Senhor.

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

O baião-de-dois da autoridade

Todos devemos submissão e obediência à Deus.
Filho deve obedecer pai.
Esposa deve ser submissa ao marido.
Ovelha deve ser submissa ao pastor.
Pai deve exercer autoridade sobre filhos.
Marido deve adotar posição de autoridade sobre a esposa.
Pastor deve adotar posição de autoridade sobre ovelhas, sejam elas seus pais, filhos ou esposa.

Este é, de forma hiper-reduzida de detalhes, o feijão-com-arroz da autoridade. Qualquer destes princípios que for quebrado traz consequências, às vezes em menor grau, às vezes com maior estrago.

Vigiemos cada um nossa obrigação, porque quando falhamos causamos consequências ruins não apenas a nós mesmos mas a terceiros inocentes: filhos, esposa e ovelhas.

Filhos são poucos, esposa só uma, ovelhas são dezenas, centenas e até milhares.

Façamos o "baião-de-dois" da autoridade, simples mas fundamental, um verdadeiro alicerce em nossas vidas. Quanto maior o raio de alcance de nossa autoridade, maior a responsabilidade.

Deus nos cobra a cada dia! Vigiemos!

Um grande dilema

Quem passa por aqui a primeira vez deve dizer "este cara é um amargurado, um rebelde e revoltado" devido a tantas "lastimações" presentes nas postagens. Eu fico a me questionar o porquê já que é desagradável se encontrar diante de tanta coisa ruim e logo vejo os fatos. Onde quer que andemos, com quem quer que conversemos, vemos nos crentes de forma geral, pelo menos nos que costumam pensar um pouco, uma insatisfação com a igreja atual, como a Palavra fala da criação assim está o povo: "gemendo pela redenção". Essa insatisfação e angústia não é com determinada congregação mas com praticamente todas. O ditado de que "homem é tudo igual só muda o CPF" passa a ser, infelizmente, aplicado por muitos em relação àquela que deveria ser luz no mundo e sal na terra.

De um lado os pastores clamando para que nos congreguemos pois a igreja, a eclésia é o lugar, o quartel de todo cristão. É na unidade da igreja que o Senhor opera seu realizar no mundo e através dela que o "ide" é realizado. Quem se isola vai contra a sabedoria, está na Palavra. Não existe na Bíblia, pelo menos de forma geral, a figura do cristão "cavaleiro solitário. Concordo com tudo isso mas infelizmente a teoria é linda e na prática a coisa complica um pouco.

Costumo dizer que o banco é o melhor lugar da igreja. Lá você recebe alimento, louva, ora e vai embora! Não se envolver significa não saber, não saber nem o lado bom nem o ruim dos bastidores, é uma maravilha! Mas a árvore precisa produzir frutos, de fato sentimos necessidade de produzir frutos e apresentá-los em louvor ao Pai. Aí é que mora o perigo, é neste ponto que ocorre o "nó cego" (erros que nunca são corrigidos) e encontramos "parafusos estrompados" (ouvidos que ouvem conselhos, admitem o erro e nunca mudam).

Vamos a um caso real. Um irmão amado que frequenta uma igreja histórica compartilhou sua decepção com seu ministério. Escândalos, falcatruas e hipocrisia. Inclusive ele evita ir às reuniões de ministério porque, segundo ele, não fica calado, é um "bocão", daí se torna mal visto pelos demais obreiros. Encontramos nesta realidade alguns tipos de pessoas. Os que se calam porque querem ser aceitos, os que são da mesma "catiguria" dos desmantelados ou os que simplesmente tem a mente anestesiada pela falta de sabedoria, ou pior, anestesiam o próprio cérebro para não enfrentar a realidade, um tipo de omissão.

"Vamos calar pelo bem da unidade". Será mesmo o bem? João Batista calou diante da religião corrompida? Jesus calou quando viu mazelas nos obreiros (escribas e fariseus) da época? Paulo calou? E ele disse "sede meus imitadores como sou de Cristo".

Aí aparece o grande dilema título desta postagem. O que fazer? Encontrei algumas idéias, como que vindas de um "instinto de sobrevivência" do cristão, e ouvi também um posicionamento de outro amado irmão.

Acredito que cada um de nós recebe de Deus três ministérios na conversão. Cuidar dos nossos entes sendo sal e luz em nosso lar, evangelizar nossos vizinhos e sermos testemunhas vivas de Cristo em nosso local de estudo e trabalho. Só aí você já vê que não consegue dar contas de tudo de forma plena. Mas temos no modelo de igreja retratado na Palavra, e no fundo de nossa alma a necessidade, a agonia de produzirmos frutos dentro da igreja. E isto é cobrado e estimulado pelas lideranças. Fica então a pessoa em grande dilema quando se vê pressionada a trabalhar na igreja e, ao mesmo tempo, ser obrigada a receber a "unção do calango" e a "unção da lagartixa", balançar sempre a cabeça pra tudo, e ainda ter a "unção das havaianas", ser própria pra ser pisada, sob pena de, não tendo estas "unções", receber o título de rebelde e insubmissa. Digo isto porque quando você vai ao "backstage", para o fundo do palco, infelizmente é muito provável encontrar mazelas.

Outro irmão abençoado contou que seu ministério, o dado por Deus, ele exerce independente da igreja. Se na igreja o barco está andando bem ele ali está dando frutos, se o barco afundar ele continua dando frutos, pois não está dependente, amarrado à estrutura da organização para exercer o que Deus o comissionou. Esta conduta pode parecer incoerente com o modelo teológico da eclesiologia, mas vejo como o instinto de sobrevivência se sobrepondo numa época de uma religiosidade muitas vezes falsa e com conduta incoerente com o que se prega. Este instinto se desenvolve na vida real, em anos e anos que você convive em diversos ministérios e vê escândalos, divisões, falsidades e mentiras. Este instinto não se desenvolve em livros de teologia nem nos bancos dos seminários, mas na vida real, a que estamos vivendo e nos relacionamentos que construímos. Este instinto é moldado em "sangue, suor e lágrimas". Ele é solidificado quando você questiona seu líder a viver o que ele prega e o que diz a Palavra e ouve um "...você deve procurar outro ministério pra se congregar...", como ocorreu no caso concreto deste amado irmão.

A lista de mazelas é interminável. Não precisa "debulhar o rosário" pois você leitor já viu ou foi vítima de algumas delas, só espero que não sejas o "fazedor de mazelas", o instrumento a escandalizar o irmão, a pisar nos que devem ser amados, a esmagar os que já chegaram à igreja machucados, pois ai de ti se assim procederes pois de Deus não se zomba e Ele pedirá contas a ti de cada ovelhinha que maltrataste. Mais sábio é ouvires o conselho de teu semelhante, te humilhares, pedires perdão e buscares mudança de vida do que caíres na disciplina divina, ali o estreito se torna apertado e não se sai sem muitas dores e lágrimas. Tenho visto isto ocorrer algumas vezes e não vejo nenhuma sabedoria em tal conduta de rebeldia, não para com uma instituição corrompida um uma liderança hipócrita, mas rebeldia contra o próprio Deus.

Aconselhei o primeiro irmão, aquele que evita ir às reuniões a, pelo menos por enquanto, ir à igreja no estilo "de banco". Orar, louvar, congregar com os amados, orar pelo outro e pedir oração e ser alimentado da Palavra. Por outro lado deve procurar não parar de frutificar, mas sem um vínculo de submissão aos ministérios estruturados na instituição, pelo menos por enquanto. Visitar enfermos, distribuir folhetos, e obras similares, esqueci até de mencionar os três ministérios "lar, vizinho, trabalho" que mencionei acima. Mas como sei que ele lerá estas linhas o recado está dado.

É com pesar e tristeza, como sentiram tantos homens na Bíblia quando viram a corrupção onde deveria haver santificação, que escrevo esta e outras postagens similares. Não sou amargurado nem rebelde, não sou "mal resolvido" ou recalcado, nem muito menos desejoso de estar no "pedestal" da liderança, longe de mim tal marmota, pois a humildade deve ser a maior característica do autêntico obreiro. Só fico triste com os fatos, e se eu que não sou nada fico assim, imagine Deus.

Paz do Senhor pra todos.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Ombudsman eclesiástico

O ombudsman é aquela criatura que recebe as críticas e sugestões dos usuários de serviços e clientes de corporações e age em defesa imparcial da comunidade que o procura. O ombudsman de um jornal, por exempo, tem uma coluna semanal só dele, onde ali coloca as críticas e sugestões que ele julga serem justas contra a corporação que o emprega.

Esta criatura insólita não deseja destruir sua corporação nem levá-la à humilhação pública. Muito pelo contrário, o ombudsman sonha com a melhor qualidade possível, deseja e busca o constante aperfeiçoamento que levará a empresa em que trabalha ao topo, a ser a melhor. Na empresa ninguém olha, ou pelo menos não deve olhar, o ombudsman como um rebelde, um faccioso que quer "queimar" a imagem de um colega e até de seu chefe. Toda grande corporação tem seu ombudsman, pois esta é uma forma de se analisar de forma objetiva suas falhas e corrigi-las, dando a seus clientes e usuários uma satisfação de ver que a justiça foi feita, o que havia de errado foi consertado.

E nas nossas comunidades cristãs será que a figura do ombudsman seria bem vinda? Será que ele não seria logo chamado de rebelde, insubmisso, "atacado pelo cão", instrumento de contendas e divisões e etc.? Tudo depende da maturidade e da humildade daquele que recebesse a crítica. Isto sem falar no lado bíblico e espiritual de que o criticado tem que ser honesto e íntegro em sua conduta e em saber reconhecer o erro, e principalmente em mudar sua conduta.

Acredito que os consagrados, diáconos e presbíteros, tem a obrigação de atuarem como verdadeiros ombudsmen nas igrejas, sob pena de serem culpados de omissão. Os "crentes de banco" também podem exercer tal função, aí tudo vai depender da liderança ser madura e autenticamente bíblica para receber de forma adequada as críticas do povo. É claro que existem nas igrejas os rebeldes, os insubmissos, os que provocam divisões e mais uma "ruma" de coisa ruim. O erro é acusar de todos estes adjetivos quem procura, assim como o ombudsman, o padrão de excelência na obra de Deus e é calado à força pela arrogância e prepotência de muitos que ocupam as lideranças de igrejas e ministérios mundo afora.

Graças a Deus que alguns líderes tem a visão correta, a humildade cristã e sabedoria de um autêntico filho de Deus para saber ouvir o "ombudsman eclesiástico" e...cá prá nós...se realmente houvesse esse cargo de forma oficial eu acho que iria correr atrás dele! Por enquanto vou de blog...

Crime de omissão de socorro

Não se trata aqui do caso de um acidente de trânsito, mas dos acidentes de percurso por que passam os cristãos. Já vivi e vi outros viverem.
Tudo começa com um relacionamento lindo. Os irmãos convivem em união como aquela musiquinha "...uma família sem qualquer falsidade, vivendo a verdade..." daí repentinamente ocorre o "acidente". O abençoado se desentende com a liderança e sai da igreja. O mundo desaparece debaixo de seus pés.

Todos ou quase todos aqueles abençoados irmãos desaparecem completamente. Tendo ou não razão em seus argumentos, quase sempre quem sai, sai ferido, machucado. Necessitando de um apoio, de uma mão amiga, vê as dezenas de amigos antes íntimos sumirem do mapa. Parece que ocorreu o arrebatamento e você ficou.

Nem os ímpios desprezam tanto seu semelhante em casos parecidos que ocorrem em grupos não cristãos. Nem os animais. É urgente e necessário que repensemos qual tem sido nosso testemunho quanto ao amor ao próximo. De nada adianta pregarmos e não vivermos. O desprezo e o abandono é pior que a oposição.

Sejamos cristãos e não "cristãos", não omita o socorro a quem está ferido. Devemos chorar com os que choram. Amanhã pode ser você o acidentado.

sexta-feira, 21 de agosto de 2009

Frase interessante

Proferida pala amada irmã Luíza pregando nesta terça-feira:

"Para que o mal triunfe basta que os bons fiquem de braços cruzados" (Edmund Burke)

Um final de semana abençoado pra todos!

A "unção da pomba sem fel"

Este conceito popular de uso antigo, "uma pomba sem fel", nos remete àquelas pessoas que sempre aceitam tudo de forma passiva, sem dizer nem ui nem ai quando pisam no seu pé. Não se deve confundi-la com uma pessoa humilde e submissa à quem de direito. Não. A pomba sem fel não faz história, ela passa pela história.

O maior pecado desta pessoa é a omissão. A pomba sem fel não tem ação para falar uma palavra necessária na hora adequada. É claro que o outro extremo é a pessoa amargurada, aquela que só reclama de tudo mas a reclamação não tem uma base sadia de busca de mudança, de crescimento, só de destruição porque ela já se acha destruída pra tudo de bom desta vida. Devemos ter bom senso e equilíbrio, e nem a pomba sem féu nem a amargurada os tem.

Uma figura que ilustra bem esta caricatura do ser humano é a mulher traída que nada faz para mudar o quadro de vida de seu marido, nem seu sofrimento. "A bichinha nem liga pras ruindades do cabra véi, é uma pomba sem fel". Mas encontramos esta figura em outros locais, não, engano meu, existem locais em que muitos aceitam ser transformados nesta figura exótica para sua sobrevivência. Onde, onde? Adivinha? Nas igrejas.

Ser aceito, ser bem-vindo, ser amado, é uma necessidade natural dos humanos. Existem, porém, locais em que aqueles que estão em uma posição de influenciar, de cuidar do povo, só inundam os carentes deste amor e desta aceitação se estes carentes nunca se opuserem aos interesses de quem exerce autoridade. Se você questiona e o questionado é humilde em se retratar e mudar, é benção, mas infelizmente nem sempre ocorre. Daí os carentes buscam a "unção da pomba sem fel". Eu fico quietinho, aceito tudo, tanto o certo como a mazela caladinho, e todo mundo vai me amar, não é legal? Infelizmente isto ocorre pelo medo da pessoa, muitas vezes já pisada pelo mundo, de ser esmagada onde deveria ser cuidada.

Pobre do "fabricante destas pombas" pois vive na ilusão de ter poder, de ser o "supercrente", mas de fato um dia dará contas de seus atos, pois de Deus não se zomba e ai de quem pisa naquele a quem deve amar. Jesus não veio "apagar o pavio que fumega nem quebrar a cana quebrada". Quem se acha acima do exemplo dAquele que lavou os pés dos apóstolos ilustrando a humildade que os líderes devem ter, receberá um pagamento pior que "atar uma grande pedra de moinho ao pescoço e lançar-se no mar".

Há tempo pra tudo debaixo do sol, como diz a Palavra. Devemos pedir sabedoria a Deus pois às vezes devemos questionar, depois nos calar e interceder. Dizem que Lutero disse "deixe Deus ser Deus" e eu complemento dizendo "evitemos de atrapalhar a Deus". Tem coisas que só Deus faz, e faz bem feito! O profeta na Bíblia chegava, dava o recado e "pegava o beco". Muitas vezes Deus requer isto de nós. Não podemos consertar ninguém, mas não podemos ser omissos quando o Senhor nos toca para alertarmos os equivocados. Intercedamos, enquanto alguém ainda está vivo é a prova que Deus ainda pode transformar.

Que Deus tenha misericórdia de nós!

Nós na fila

Me deram a dica de colocar aqui estudos teológicos. Seria interessante. Mas depois analisei e vi que esta não é a intenção deste espaço. A Teologia, a doutrina, o conhecimento são fundamentais para não sermos arrastados por todo vento de doutrina, toda inundação de heresia que está por aí. Mas aqui é um espaço para uma conversa rápida, de uns três minutos, como quando nos encontramos numa fila de supermercado. E, por outro lado, pouca gente lê artigos grandes e profundos na correria do dia-a-dia. É claro que precisamos de um tempo para devocional, para alimento sólido, aí você senta e não apenas lê, mas estuda a Palavra e estudos bem fundamentados.

Aqui busco fechar a lacuna de não te ver todo dia pra este papo rápido, normalmente focado em coisas do cotidiano, como vemos em textos de cronistas. Aqui conversamos mais sobre os resultados de uma vida com Deus, dos frutos presentes ou ausentes, dos testemunhos abençoados e dos nem tanto. Uma conversa objetiva que em poucas linhas cumpre a missão de transmitir algo essencial, real e importante, que te leva a refletir para amadurecer, sem a necessidade de uma roupagem acadêmica. Como um papo na fila do supemercado.

Poderia até mudar o nome do blog pra...nós na fila!

Não queime seu pendrive, adquira sabedoria com meu erro

Queimei meu pendrive de 8Gb e, pelo que li na internet, a provável causa foi inserí-lo em uma entrada frontal de gabinete que estava com polaridade invertida. O computador usado passou por recente troca de placa-mãe, podendo assim não ter sido devidamente montado. Sempre evite as entradas frontais em pcs desconhecidos. Use as entradas traseiras que são parte integrante da placa-mãe.

Aprendi uma lição pagando o preço. Você já está aprendendo com meu caso. Devemos sempre buscar aprender, amadurecer com todas as experiências desagradáveis. Eu nunca mais cairei no mesmo erro, continuar a errar pode me trazer grande dano, haja dinheiro. Assim é em tudo. Devemos aproveitar enquando o dano é recente. Com o tempo esquecemos e os efeitos didáticos vão perdendo a força para aplicarmos uma mudança de conduta que só trará benefícios.

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

Deixem de acusar o cão!!!

Estava no fim do culto na igreja quando vieram me chamar agoniados. Haviam dois fiscais da SEMAN lá fora. Na conversa eles contaram de ocasiões em que foram recebidos como "anticristo", "enviados do cão" e coisas parecidas pelos "crentes" da cidade. Comentei que considero justo e correto o uso de um som agradável e nos parâmetros da lei pelas igrejas. Devemos ser exemplos, não apenas quanto ao cumprimento da lei mas principalmente por dois outros fatores: fazer o melhor pra Deus e respeitar a saúde auditiva dos irmãos. Um bom som com certeza não agride os ouvidos dos irmãos e, consequentemente, não perturbará nenhum vizinho, obedecendo no embalo os limites da lei.

É comum o povo fazer besteira, ou deixar de fazer o certo, e quando as consequências chegam vão logo pranteando o clássico "...é perseguição, é culpa do cão...".
Deixem o cão de fora das suas mazelas!
O "abençoado" gasta mais que o que ganha com futilidades aí pede oração na igreja porque "...os céus estão fechados..." e "...o devorador está atacando...". NADA DISSO! Você foi irresponsável e quer que Deus "abra as janelas do céu" pra pagar tuas dívidas. Lindo né "povo de Deus"?
O abençoado é irresponsável nos estudos e incompetente no trabalho, aí quando a cobrança vem, e ela vem com juros dolorosos, ele corre à toda reunião de oração pedindo intercessão pois está debaixo de "grande perseguição das potestades!!!".
Interessante os pedidos por "causa na justiça". A abençoada encheu a praça com cheques sem fundo, deu calote em todo canto, aí quando os credores a executam "é perseguição espiritual". Nada disso, você é que está perseguindo a igreja com mal testemunho!
Essa turma também costuma usar o nome de Deus indevidamente mandando "profetadas" e "revelamentos" recheados de "visagens"! Quando nada se cumpre aí é culpa de Deus, ele só foi o "vaso"...vai criar vergonha "vasilha mazelada"!!!

Voltando ao som, fomos informados que todo local que usa som produzido por equipamentos terá que ser enquadrado nas normas legais, inclusive com projeto sonoro feito por profissional qualificado. Ótima notíca. Teremos cultos agradáveis e nossos ouvidos ficarão sempre sadios.

Que Deus tenha misericórdia dos obreiros ignorantes que dão mal testemunho com seu péssimo som, desrespeitam a lei e os ouvintes e ainda acusam os agentes da lei de "enviados do demo"!

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Jejum de mentira

Será possível alguém viver sem mentir? Desde o início da humanidade que muitos problemas começam com uma mentira. A serpente mentiu pra Eva aí tudo deu pra trás.

É incrível como o ser humano tem dificuldade de viver sem mentir. Para acariciar a consciência re-nomeamos a mentira de “educação” e “consideração”. O indivíduo diz que a comida horrível estava boa por educação, bem como diz ser lindo o feinho recém nascido de seu colega, afinal temos que ter educação e consideração aos outros.

Pronto. A mentira mudou de nome e nem precisou de um processo na justiça pra isso.

Costumamos ouvir que pra Deus não existe “pecadinho” e “pecadão”. Pecado é pecado.

É claro que alguns pecados trazem grandes males enquanto outros não produzirão conseqüências imediatas visíveis aos nossos olhos. Assim é com a mentira.

A pregação foi “marromeno”, aí você bate nas costas do pregador e diz: “Foi uma benção, maravilha!” Mais uma mentira. Ponto pro cão!

O abençoado dá uma olhada indevida no decote da irmã e é repreendido pela esposa. Resposta? Uma mentira! “Eu mermo não muié!” Ponto pro cão!

O líder não vai com a cara do irmão porque ele criticou o ministério, aí o incauto pede pra fazer algo na obra. O pregador, escondendo o real motivo diz: “Espere o tempo de Deus varão, eu não sinto que é agora!” Mais uma mentira. Ainda jogou a culpa em Deus. Ponto pro cão!

O camarada faz todo tipo de falcatrua aí quando a marmota estoura corre pra igreja e chora: “...é ataque do cão!”. Mentira, deixa o cão de fora dessa que a culpa é toda tua.

Costumo ver no trabalho colisões de veículos em sinal vermelho, daí os dois motoristas juram que “Estava verde pra mim!” Com certeza um está mentindo. Ponto pro cão!

Daria pra ficar o resto da vida lembrando exemplos, mas não nos levaria à nada.

O que eu gostaria realmente de propor a você, leitor, é o seguinte: um novo e diferente tipo de Jejum. Um jejum que trará grandes benefícios em sua vida. Sua família será grandemente abençoada e,se praticado pela igreja, porá fim a grandes contendas e trará “o céu pra terra”. Mas como isso é possível? Vamos todos propor um : “JEJUM DE MENTIRA”!!!

Não, não é um jejum falso disfarçado de verdadeiro, é um jejum de mentira. Você vai ficar sem mentir! Simples não é? E maravilhoso! Vejamos alguns dos milhões de benefícios ao povo cristão:

Não haverá mais adultérios, pois ao olhar de forma impura o marido não poderá mentir, daí ele taca é o dedo no olho se passar uma tentação diante dele; não haverá mais contendas entre os irmãos pois os abençoados não estarão mais diante da “unção” cantada em um antigo forró que diz: “...é só dar as costas que a tesoura come...”. Será o fim de um principado do cão nas igrejas: a fofoca regada a falsidade!!!

Nunca mais líderes manipularão liderados em busca de riqueza, ninguém mais pregará heresia sabendo que é erro (uns pregam por ignorância), não haverá mais nenhuma decepção com o próximo, pois ele será sempre autêntico, sem mentiras. Ninguém detonará os pastores pelas costas enquanto na frente é só sorriso. Haverá transparência total em toda administração eclesiástica das igrejas, sem tratamento diferenciado, sem panelinhas e sem clientelismo. Só amor, justiça e respeito ao próximo.

Nunca mais porão a culpa de seus erros nem em Deus nem no cão.

Será o primeiro jejum que não sabes o dia que terminará. Você só vai “entregar” o jejum no céu!!!

Imagine um outdoor em cada esquina com o slogan “Jejum de mentira, viva essa benção!”

É incrível e horrível, mas tenho que admitir que esse jejum “tá é longe” de acontecer na vida da maioria do povo “gospel” (nem sempre esse povo aí é crente).

Quem dera isso fosse possível... mas podemos começar fazendo a nossa parte. Topas?

Jejum de mentira! Viva essa benção!